

Conheça a filosofia do Templo Luz do Amor Divino
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Orixás Cultuados
Somos o Templo Luz do Amor Divino - Ilé Àṣẹ Ìmọ́lẹ̀ Jagun, uma casa de Umbanda que preserva sua originalidade e essência, ancorando-se nos fundamentos ancestrais da cultura Yorùbá – o berço dos Orixás – e ressoando os ensinamentos transmitidos pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas , por meio de Zélio Fernandino de Moraes , em 1908. Embora este marco seja um ponto de consolidação da Umbanda, confirmamos que as expressões mediúnicas e espirituais já floresceram no Brasil muito antes, fruto das ricas fusões culturais e religiosas entre as tradições africanas, indígenas e europeias, que formam a base espiritual e cultural do nosso povo.
A Umbanda é um movimento dinâmico e plural, refletindo a força espiritual do povo brasileiro. Em nossa casa, reafirmamos nossas raízes africanas, destacando como pilares o culto aos Orixás , o culto a Ori e o culto aos Ancestrais.

Culto aos Orixás
Os Orixás são manifestações divinas de Olódùmarè, o Criador Supremo, que delega a Eles o cuidado das forças da natureza e das energias que sustentam a criação. Cada Orixá é um arquétipo espiritual que rege aspectos específicos do universo e da vida humana. Cultuamos os Orixás como canalizadores das vibrações sagradas que nos conectam ao poder divino, ao equilíbrio e à harmonia cósmica.
Através de rezas, cânticos, danças e rituais, honramos os ensinamentos e as vitórias de cada Orixá. Eles não apenas regem os elementos da natureza, mas também guiam nossa jornada espiritual e moral.
Culto a Ori
Ori, nosso Eu Divino, é a centelha de Olódùmarè em cada ser humano. Ele representa nossa essência espiritual, nossa consciência, nosso destino (Àyànmọ́) e o equilíbrio interno que nos conecta ao divino. Na tradição Yorùbá, Ori é o mais elevado de todos os Orixás para cada indivíduo, pois é o guia único e íntimo de nossa jornada na Terra.
O culto a Ori é central em nossa prática. Buscamos alinhar nosso Ori com o Orí Òrun (o Ori celestial) por meio de práticas como ìbà orí (reverência ao Ori), desenvolvimento e oferendas que fortalecem nossa claramente espiritual, autoconhecimento e conexão com o propósito divino.


Culto aos Ancestrais
Os Egúngún são os espíritos dos nossos ancestrais, aqueles que caminharam antes de nós e que, por sua experiência e sabedoria, continuam a nos orientar e proteger. Na tradição Yorùbá, os descendentes desempenham um papel essencial como guardiões da memória espiritual, das tradições e dos valores que moldam nossa existência e identidade.
Cultuamos os Egúngún como fontes de sabedoria, proteção e força, preservando viva a conexão entre o passado, o presente e o futuro. O preceito, de Ìbà Egúngún! (Saudações aos Ancestrais!) é fundamental em nossa prática, pois reafirma que nossa história, nossa espiritualidade e nossa força estão alicerçadas no legado que eles nos deixaram.
É por meio desse culto que honramos nossos guias espirituais – tanto os ancestrais ligados à nossa linhagem quanto os ancestrais da tradição, que perpetuam os ensinamentos e princípios sagrados. Reconhecemos, assim, que o sagrado não está apenas nos planos superiores, mas também na nossa própria história e nas raízes que sustentam a nossa caminhada.
Natureza como
Manifestação Divina
Para nós, a natureza é sagrada e representa a expressão visível do poder divino. As forças naturais – como as águas de Yemọjá, o vento de Ọya, a terra de Obàlúwaiyé, o fogo de Ṣàngó – são reverenciadas como manifestações vivas dos Orixás. Utilizamos elementos naturais como folhas, águas e pedras em nossos rituais, seguindo os princípios de oogún (a medicina) e a tradição ancestral.
